quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Geografia Caatinga


A caatinga, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), espalhava-se por 827.242,46 quilômetros quadrados. A área mapeada pela equipe, que recebeu financiamento do Ministério do Meio Ambiente (MMA), foi de 762.753,67 quilômetros quadrados."Deixamos de fora os trechos que se sobrepunham aos mapas de outros ecossistemas que também estavam sendo estudados pelo MMA", justifica o coordenador da equipe, Washington Franca-Rocha, da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), na Bahia.O trabalho resultou em dois cálculos, um dos remanescentes mais conservados e outro da caatinga impactada, mas ainda integrante do ecossistema. 40,56% é o que restou da vegetação mais preservada.Levando em conta a área antropizada, ou seja, que sofreu interferência humana, o percentual de remanescentes aumenta para 62,77%. "São manchas queimadas e que sofreram corte. Porém, se encontram em regeneração", descreve o geólogo. Foram consideradas, ainda, nesse cálculo todas as áreas bem conservadas com mais de 40 hectares.A caatinga abriga 932 tipos de plantas, das quais 380 são exclusivas do ecossistema, considerado o único restrito ao território nacional. "O Brasil divide a Mata atlântica, o Pantanal e a Amazônia com outros países da América Latina", lembra Franca-Rocha.De acordo com o pesquisador, esse é o segundo levantamento detalhado da vegetação característica do Semi-Árido dos últimos 30 anos. Em 1978, o Radambrasil, projeto de mapeamento sistemático que começou na Amazônia e se estendeu para o resto do País, estimou uma redução de 27,47%. Isto é, ainda havia, naquele período, 72,53% de caatinga. As perdas, em três décadas, somam 31,97%, num cálculo feito a grosso modo por Franca-Rocha.O ecossistema, segundo ele, é o menos conhecido cientificamente e vem sendo tratado com baixa prioridade. "Embora seja um dos mais ameaçados, devido ao uso inadequado e insustentável dos seus solos e recursos naturais, tem apenas 1% de seus remanescentes protegidos em unidades de conservação."Franca-Rocha atribui a destruição da caatinga à expansão da fronteira agropecuária no Semi-Árido e ao uso da lenha como fonte de energia. "No mapa final do nosso estudo, o que mostra toda a extensão da caatinga, fica clara a devastação causada pelo pólo gesseiro, entre Pernambuco, Ceará e Piauí. A faixa de vegetação perde a continuidade nessa região."

Um comentário:

  1. pessoal as letras estão pequenas,tem duas postagens iguais sobre a casa de cultura(apagem1). precisão colocar links!

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